Sobre O Estranho Mundo de Zé do Caixão

Ocidente. Desde Tomé é preciso ver para crer. A ressurreição se torna fato com as chagas expostas. “Exposição” será o fato social da arte com o cristianismo, a imagem como ressurreição do objeto – a palavra divina, o corpo e o sangue do salvador – apenas se oferecida aos olhos do público. Veja e creia: a lei do espetáculo. O dedo do apóstolo que toca a ferida de Cristo é a quintessência da função da imagem: ver é uma função táctil. “Deixa eu ver?”. Esse… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia | Parte 4 – Pontos de fuga

Última de quatro partes da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 – Binarismos e cisões Parte 2 – Os filmes “problemáticos”… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 3 – Autorias e políticas

Terceira de quatro partes da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 -Binarismos e cisões Parte 2 – O… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 2 – Os filmes “problemáticos”

Segunda parte da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 – Binarismos e cisões Parte 3 – Autorias e políticas… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 1 – Binarismos e cisões

Primeira de quatro partes da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 2 – Os filmes “problemáticos” Parte 3 –… CONTINUA

Coletividade, formação

Desde 2006, a Cinética já teve algumas caras, alguns layouts diferentes, uma gama de pessoas colaborando na redação, textos mais curtos, mais longos, ênfases variadas. A revista nunca parou. Num contexto radicalmente novo, onde o que temos chamado de “cinema” passa por metamorfoses radicais, é preciso que uma revista de crítica de cinema busque se movimentar também. O debate sobre homogeneização perspectiva ganha força nos últimos anos e oferece novos problemas, que têm relação intrínseca com nosso trabalho. Homogeneização dos repertórios, dos corpos, das ferramentas,… CONTINUA

Cinética Podcast #5 – “Nós”, de Jordan Peele

No quinto episódio do Cinética Podcast, a conversa é sobre Nós, mais novo trabalho do diretor Jordan Peele. Depois do grande sucesso de Corra!, que deu o Oscar de roteiro original para o cineasta em 2018, Peele volta com um filme enigmático e instigante, que é analisado no programa por Marcelo Miranda, Raul Arthuso e Juliano Gomes. Este episódio é dedicado a Beth Carvalho. CINÉTICA NAS REDES Para ler, curtir, enviar perguntas, tirar dúvidas, fazer críticas e sugestões: Site oficial – www.revistacinetica.com.br e-mail – *protected email* Facebook – www.facebook.com/revistacinetica/ Twitter – twitter.com/revistacinetica… CONTINUA

Carcaças

Tragam-me a Cabeça de Carmen M. é um filme de carcaças. Do corpo largado da protagonista encarnada pela codiretora Catarina Wallenstein, passando pela imagens usadas nos recortes neotropicalistas na casa da mulher, os trechos de filmes hollywoodianos clássicos com a presença da “pequena notável”, o incêndio do Museu Nacional, as canções esparsas executadas em certas cenas, o cenário desolado onde se passa o filme dirigido por uma diretora controladora presa a uma cadeira de rodas (Helena Ignez, apenas vestígio do vigor cinematográfico moderno brasileiro), são… CONTINUA

No meio do caminho

Em uma entrevista de 2012 publicada no livro El Otro Cine de Eduardo Coutinho, o diretor de Moscou diz que a obra em questão “é um filme que deu errado, mas eu considero ao mesmo tempo que tem um mistério interessante”. Essa caracterização de Moscou como um fracasso acompanha o filme desde seu lançamento, assim como, em diversos artigos, as palavras-chaves “incompletude” ou “inacabamento” ou sua dificuldade se comparada à aparente frontalidade de sentidos de seus filmes ao longo dos anos 2000. Passada quase uma… CONTINUA

Entre ver e ser visto

O cinema guardou, ao longo de sua história, uma relação ambígua com sua pulsão escópica. O cinematógrafo – arte da ação = imprimir gestos, movimentos, ritmos num espaço-tempo determinado pelo próprio ato da impressão – tinha na curiosidade do olho-câmera uma espécie de ponto de atrito, usado tanto como metáfora de si quanto como motivos do olhar pela fechadura, adentrar espaços interditados ao público ou explorar dimensões da vida cotidiana inapreensíveis por diferentes razões. Porém, ao mesmo tempo que o cinema anedotiza o mundo, aguçando… CONTINUA