Anotações a quatro mãos em torno do Faroeste Spaghetti. Parte 2: o vento assobia e a tempestade se enfurece onde o sol do futuro nasce

O partigiano portami via che mi senti di morir Il fiore del partigiano morto per la libertà FF: Nós falamos muito sobre representações de história e colonialismo e isso faz muito sentido dada a iminência histórica do gênero e como ele acaba importado para a Europa. Uma coisa que me veio à mente é tentar pensar o spaghetti dentro da história do cinema popular italiano. Como eu disse lá antes, acho que ele se conecta muito bem, por exemplo, com o filme de horror. Há… CONTINUA

Anotações a quatro mãos em torno do Faroeste Spaghetti. Parte 1: a morte cavalga ao vento

Pintaremos de rojo sol y cielo Hay que ganar muriendo, pistoleros Hay que morir venciendo, guerrilleros Luchando por el hambre y sin dinero Vamos a matar, compañeros Fabian Cantieri: Acabei de ver Os Quatro do Apocalipse  (1975) do Lucio Fulci. É impressionante como você pode ver trinta faroestes spaghetti e ainda se surpreender com certos caminhos de direção. Dá pra enxergar o filme como o velho mote da vingança, mas aquele final onde ele vai atrás do Chaco (Tomás Milián) pra matá-lo parece só um… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia | Parte 4 – Pontos de fuga

Última de quatro partes da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 – Binarismos e cisões Parte 2 – Os filmes “problemáticos”… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 3 – Autorias e políticas

Terceira de quatro partes da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 -Binarismos e cisões Parte 2 – O… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 2 – Os filmes “problemáticos”

Segunda parte da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 – Binarismos e cisões Parte 3 – Autorias e políticas… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 1 – Binarismos e cisões

Primeira de quatro partes da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 2 – Os filmes “problemáticos” Parte 3 –… CONTINUA

hino à noite

o quadro da segunda entrevista de a rosa azul de novalis parece ordinário. marcelo dorio, nosso dândi tropical, sentado no sofá verde musgo à frente de uma parede com pinceladas abstratas rosas, com o mesmo roupão do plano anterior conversa conosco. já tendo olhado para a câmera na primeira cena convidando a equipe/o espectador a entrar no interior da casa, em seu domínio privado, em seu interior (futuramente literal), agora o pressuposto é de que ele vá só desdobrar seus insights e confissões. no dispositivo… CONTINUA

Reina a felicidade plácida no reflexo de um freezer gourmet do Leblon

Um Filme de Verão começa com um plano-sequência andando com câmera na mão pelos becos de uma favela em contra-plongée. Muita poluição visual em primeiro plano, mas o céu azul cortante está sempre lá relegando um respiro harmônico aos nossos olhos. A câmera parece caminhar a esmo, virando em becos aleatórios, mas só parece – ela, na verdade, segue uma rede de cabos e fios que conectam aquele espaço. Fisicamente e virtualmente. Um Filme de Verão é um filme em rede, é um filme que… CONTINUA

O dorso da imagem

Seus Ossos e Seus Olhos é um filme que trabalha a eminência do Verbo e a caligrafia do Corpo pela chave do antinaturalismo. Na história da pintura, o antinaturalismo, herança do período bizantino, se consolidou, por um espaço irreal, sem profundidade, posturas não muito naturais, composições simples porém agudo expressionismo das imagens. Assim como na arte pictórica, todo filme dessa natureza põe em xeque o que vem a ser natural ao cinema e à vida. Aqui, há não só um aprofundamento e uma radicalização dessa… CONTINUA

Canção do exílio

A história é conhecida por alguns: em um fétido porão de mais um navio negreiro cruzando o oceano, havia entre os futuros escravos que desembarcariam no Brasil, um rei africano. Monarca em sua terra, trabalhou em todas as parcas horas livres para comprar sua carta de alforria e se livrar do cativeiro. Não parou de trabalhar até libertar seu filho e o restante da tribo. Chico-Rei agora era também católico, devoto de Nossa Senhora do Rosário. Volta a imperar em nova terra, distante do velho… CONTINUA