“Aqui não se anda só” – Entrevista com Ary Rosa, Glenda Nicácio e Moreira

O aparecimento no cenário público da Rosza Filmes, produtora sediada no Recôncavo Baiano e responsável pelos longas-metragens Café com Canela (Ary Rosa e Glenda Nicácio, 2017), Ilha (Ary Rosa e Glenda Nicácio, 2018), Até o Fim (Ary Rosa e Glenda Nicácio, 2020) e Voltei ((Ary Rosa e Glenda Nicácio, 2021), é um dos eventos históricos mais importantes da última década do cinema brasileiro. Seu método de trabalho – que associa uma intensa coletividade no processo, uma relação forte com iniciativas de educação, uma ancoragem em… CONTINUA

Um silêncio da imagem – Parte 1

“O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais.” Guimarães Rosa, em “Grande sertão: Veredas” Retomamos o curta Alma no olho para pensar o gesto cíclico materializado na ocupação da própria tela pelo corpo negro que ocupa o enquadramento ao fim e ao começo do filme. Neste filme de 1973, é o preto da tez de Zózimo Bulbul e a posição contraluz do seu corpo, que, vibrando na eloquência do jazz, rompe o limite da imagem vertendo-se em quadro negro. A… CONTINUA

Olho para o passado, corpo para o futuro

No nosso último editorial, publicado em abril, encerramos o texto falando da instabilidade da primeira pessoa do plural, um movimento do “nós”. Neste mesmo período, tivemos uma mudança na composição da editoria, pois Raul Arthuso deixou a revista, depois de trabalhar como editor desde 2016, primeiro com Fábio Andrade e depois sozinho. Seguimos agora com Ingá, Victor Guimarães e Juliano Gomes como núcleo de proposições, na tentativa de manter o rigor de olhar e de escrita consolidados na última década, mas buscando ampliar o leque… CONTINUA

“Você vai me fazer chorar de novo?”

Na última semana, um aplicativo brasileiro de entrega de comida lançou uma série de vídeos em que pessoas da sua rede – que abrange, em suma, entregadores, clientes e donos de restaurante – são filmadas num estúdio oferecendo depoimentos enternecedores a respeito de suas experiências pessoais ligadas à plataforma de delivery. Os anúncios foram publicados numa plataforma popular de vídeos e sua data de disparo massivo coincide com a semana na qual, em menos de um mês, ocorre a segunda convocatória de breque para os trabalhadores de… CONTINUA

Sádicas: um ritual

Às vésperas do carnaval de Olinda, algumas gatas se reúnem para assistir a Ritual dos Sádicos/O Despertar da Besta (1970), a obra censurada de José Mojica Marins, por oportunidade de sua morte. Depois de agonizarem por uma hora e meia, já podem considerar abertas as portas do carnaval. Alguns meses após o ocorrido, duas delas ressuscitam para mancomunar esta crítica do filme que você está prestes a encarnar.  Em Ritual dos Sádicos, atos de perversão praticados dentro do submundo paulista corroem a estabilidade do tecido… CONTINUA

delém

Durante esta semana, a Cinética publicou um conjunto de quatro aproximações ao filme Retrato de uma Jovem em Chamas (Céline Sciamma, 2019). A obra mobilizou a redação e impulsionou as colaboradoras a se descobrirem em outras formas de exercício crítico. A poeta Júlia de Souza escreveu um ensaio em torno do filme, os redatores Luíz Soares Júnior e Júlia Noá colaboraram com textos e hoje encerramos a série com “delém” um ensaio em vídeo feito por Ingá e Mariana de Lima.  O coração na boca do mar, por Julia de Souza A percepção impossível,… CONTINUA

Uma aprendizagem: prosa sobre Sete anos em maio e Vaga carne

A ideia de trabalhar coletivamente tem orientado a Cinética na busca de novos diálogos e caminhos junto aos filmes. São oportunidades de conversarmos entre nós e com os filmes, chances de praticar conhecimentos, reconhecimentos e desconhecimentos. Aproveitamos o lançamento recente dos médias Sete anos em maio e Vaga carne – ambos com críticas publicadas aqui – para fazer este diálogo que se segue. A ideia é que possamos, via escrita coletiva, experimentar contágios, respostas, discordâncias, buscando assim falar de maneira multidimensional dos filmes e, em… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia | Parte 4 – Pontos de fuga

Última de quatro partes da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 – Binarismos e cisões Parte 2 – Os filmes “problemáticos”… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 3 – Autorias e políticas

Terceira de quatro partes da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 -Binarismos e cisões Parte 2 – O… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 2 – Os filmes “problemáticos”

Segunda parte da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 – Binarismos e cisões Parte 3 – Autorias e políticas… CONTINUA