Bofetada com luva de pelica

  “No teatro grego, shakespeariano ou romântico, há as matérias que são as matérias preciosas, o ouro, as pedras preciosas, o diamante do filme (…). E por outro lado havia uma degradação deste preciosismo ao que hoje é o tema central do teatro moderno: ou seja, o dinheiro. Desvalorização do ouro ao dinheiro que corresponde a uma realidade econômica histórica”. Jean-Claude Biette, entrevista a Serge Daney e Pascal Bonitzer, Cahiers du Cinéma, Julho 1977 “Nós sabemos, mas nós também queremos outra coisa: crer. Nós queremos… CONTINUA

Uma aprendizagem: prosa sobre Sete anos em maio e Vaga carne

A ideia de trabalhar coletivamente tem orientado a Cinética na busca de novos diálogos e caminhos junto aos filmes. São oportunidades de conversarmos entre nós e com os filmes, chances de praticar conhecimentos, reconhecimentos e desconhecimentos. Aproveitamos o lançamento recente dos médias Sete anos em maio e Vaga carne – ambos com críticas publicadas aqui – para fazer este diálogo que se segue. A ideia é que possamos, via escrita coletiva, experimentar contágios, respostas, discordâncias, buscando assim falar de maneira multidimensional dos filmes e, em… CONTINUA

A fartura da fratura

[Os entretítulos em itálico são trechos do texto de base do filme] Você quer que eu seja uma mera representação de você, carne: você é patética! Vaga Carne é um texto escrito por Grace Passô, encenado como peça de teatro desde 2016. O filme aqui em questão a transcria durante pouco menos de cinquenta minutos e é dirigido pela autora do texto e por Ricardo Alves Jr – que também fez parte da equipe de criação da montagem teatral da obra. Isso não é meu.… CONTINUA