Um silêncio da imagem – Parte 1
“O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais.” Guimarães Rosa, em “Grande sertão: Veredas” Retomamos o curta Alma no olho para pensar o gesto cíclico materializado na ocupação da própria tela pelo corpo negro que ocupa o enquadramento ao fim e ao começo do filme. Neste filme de 1973, é o preto da tez de Zózimo Bulbul e a posição contraluz do seu corpo, que, vibrando na eloquência do jazz, rompe o limite da imagem vertendo-se em quadro negro. A… CONTINUA