A que risco?

Nesses primeiros dias de festival um tema (que deve voltar mais vezes ao longo do evento) tem ocupado nossa atenção: os riscos muito reais de se fazer cinema/arte num mundo onde tanto ainda parece frágil. Há, por exemplo, em competição no festival ao menos dois filmes cujos realizadores encontram-se em situação de prisão domiciliar (caso de Jafar Panahi e do russo Kirill Serebrennikov). As implicações de como criar e lidar com a censura (e a autocensura) são questões que parecem cada vez mais presentes –… CONTINUA

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A franquia Resident Evil chega ao fim mais fiel do que nunca, tanto ao mote conceitual de sua proposta funcional – cada filme como uma fase, um sistema fechado de mandamentos formais e referenciais bastante específicos –, como à sua sempre oportuna vocação política. Afinal, nada mais revelador nos dias de hoje do que abrir um filme com a capital norte-americana completamente devastada e recheada de monstros e zumbis à espreita. O apocalipse, como descobrimos neste capítulo final, não é apenas o ensejo perfeito para… CONTINUA