Imaginar o concreto

Não faz muitos anos que o crítico argentino Roger Koza definiu a Mostra Tiradentes como um “oásis de liberdade”. Talvez eu tenha pegado a conversa pela metade, mas não duvido que o mesmo Koza diria algo semelhante – em maior ou menor medida – sobre outros festivais brasileiros que também privilegiam obras formalmente arrojadas e não raro com conteúdos políticos explícitos. O que talvez pormenorize a opinião de Koza é o recente definhamento dos demais festivais que serviam de “oásis” aos realizadores brasileiros, especialmente os… CONTINUA

Organizando na desordem

É curioso notar como Cabeça de Nêgo articula elementos que orbitaram algumas conversas recorrentes desde o início da Mostra. A começar pela pedagogia que cada obra propõe quando lida com os temas políticos, tocando os nervos de um momento em que o Estado brasileiro se retira de seu papel educacional e promete perseguição aos que insistirem, seja na arte ou na sala de aula. Também o exercício de retrabalhar inventivamente os gêneros cinematográficos existentes, nesse caso o do filme teen, enquanto um espaço criativo, mas… CONTINUA