Imagens à flor da pele

O festival internacional de Curtas de Vila do Conde possui uma tradição de apostar nos formatos híbridos do cinema expandido e do cinema experimental. Na edição deste ano, a pequena cidade portuguesa, emoldurada por ruínas de aquedutos romanos e com pouco mais de 28 mil habitantes, pôde ver filmes de grandes nomes do cinema contemporâneo, como Bill Morrison, Cristoph Girardet & Matthias Muller, Peter Tscherkassky, Tsai Ming-Liang, Jonas Mekas, Martin Arnold, Joseph Cornell, Bill Viola, Tony Hill, Vlatko Gillic, Ute Aurand, François Ozon, David Lynch… CONTINUA

Por uma fantasmagoria negra experimental

No atual ambiente de ações remotas dos festivais no Brasil, algo tem se repetido: amigos e amigas me falando pra ver A Morte Branca do Feiticeiro Negro, curta de Rodrigo Ribeiro. No segundo ou terceiro evento onde ele estava programado, consegui. A impressão é de que estamos diante de um grande filme que não barateia um dos nossos temas mais fundamentais e difíceis de abordar: “o rastro escravista brasileiro”, segundo Ribeiro. Um incomum filme de arquivo, como uma flecha de perturbação lenta, com uma ensaística… CONTINUA

Um thriller paranoico

O novo projeto de Lewis Klahr consiste em um ciclo de seis filmes, exibidos em agosto no festival Ecrã. O cinema de Klahr tornou-se conhecido por uma certa maneira de se debruçar sobre a sensação de passado contida nos resíduos das indústrias culturais dos anos 1950 e 1960, a partir de uma prática de colagem que retoma o fascínio dos artistas surrealistas pelas formas fora de moda e o caráter inquietante de sua montagem de materiais heteróclitos. A mesa de trabalho de Klahr era o… CONTINUA