Fé árida

Sequizágua comunga dos desafios vividos pelo cinema brasileiro que mais recentemente inventou seus passeios entre real e ficcional a partir da aproximação ao cotidiano de territórios e sujeitos à margem dos holofotes midiáticos. Na busca por uma poética do convívio, retrabalhada em matéria de cinema, as obras formularam diferentes arranjos para o encontro criativo entre equipe de filmagem e pessoas filmadas. Ao se inserir nessa teia de experimentos, Sequizágua aponta novidades formais, ensaia caminhos plásticos e nos põe a questionar a energia que o filme… CONTINUA

Da imaginação como potência à produção como resistência

A abertura da 23ª mostra de Tiradentes, cujo tema é “Imaginação como Potência”, se dá em um contexto, para dizer o mínimo, curioso. O festival acontece pouco mais de um ano após a posse do novo presidente da República que, se desde o princípio já se apresentava como uma ameaça ao setor artístico, concretizou o desmantelar de estruturas culturais ao longo de sua ainda breve gestão. O tema é, de alguma maneira, um eufemismo para a elaboração de estratégias de resistência enquanto realizadores do cinema… CONTINUA