Diante da dor das outras
A delicadeza pode ser, mas nem sempre é um atributo do cinema realizado por mulheres, feito com mulheres. Baronesa (2017), de Juliana Antunes, não é um filme delicado (ainda que seja realizado com cuidadosa atenção à realidade retratada). Dores íntimas, violências e confrontos mobilizam este filme “entrincheirado” (como diz a realizadora), na zona de uma guerra cotidiana que atravessa as casas, as vidas e os corpos das mulheres periféricas que nele assumem protagonismo. Como sonhar, ou como continuar a sonhar, ali, onde o mundo parece… CONTINUA