É preciso acreditar

Chocante (2017) e Bingo – O Rei das Manhãs (2017) são filmes de nostalgia. Não existiriam sem a certeza de conquistar, com pouco esforço, uma parcela do público ávida pela máquina do tempo que a leve de volta a algum lugar do passado. Como máquinas do tempo ainda não foram inventadas, a arte criou seus dispositivos: ficções de ontem que não pretendem contar uma história, mas conjurar um espírito. Filmes que não estão nem aí para o drama ou a comédia. O que interessa, na… CONTINUA

O cômico e o sério

A interpretação mais rápida que um filme como Bingo – o Rei das Manhãs, de Daniel Rezende, pode requisitar é a de ser visto como mais uma comédia dramática ingênua e despretensiosa, o que muito da recepção do filme fez até agora. Neste sentido, comentaríamos a excelência de atuação ou da montagem, o trabalho de luz, o percurso dramático, a capacidade de criar situações engraçadas, etc., para falar em sua “eficácia”, sem com isto nos obrigar a pensar mais sobre nada do que está em… CONTINUA