Glória e decadência das moneychanchadas – uma retrospectiva

O Brasil dos anos 2020 virou um pesadelo institucionalizado, e é pouco provável que esta nova ideia de país se modifique em pouco tempo. Para chegarmos ao vaticínio hiperbólico, devemos analisar o que nos trouxe até aqui. Antes de qualquer coisa, o país de 2021 veio sendo urdido por uma sucessão de equívocos e delírios que pareceram, em momentos cruciais, decisões equilibradas, triunfos irrefutáveis. Com o distanciamento histórico, conseguimos dizer que, sim, estávamos mesmerizados. E o desatino, o êxtase da impropriedade, termina nos parecendo tão… CONTINUA

Cinemas da rede, no meio do redemoinho: da mão à rua, da rua à mão (2)

Esta publicação é a segunda parte do texto-conversa escrito por Álvaro Andrade, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Se você está chegando agora, leia a primeira parte aqui: Cinemas da rede, no meio do redemoinho: da mão à rua, da rua à mão (1) Ao olhar em retrospecto para a última década de imagens fílmicas no Brasil, percebemos que se tornou insustentável para a crítica brasileira uma postura de negligência em relação a uma multidão de filmes realizados em todos os cantos do país, por realizadoras e… CONTINUA

Cinemas da rede, no meio do redemoinho: da mão à rua, da rua à mão (1)

Ao olhar em retrospecto para a última década de imagens fílmicas no Brasil, percebemos que se tornou insustentável para a crítica brasileira uma postura de negligência em relação a uma multidão de filmes realizados em todos os cantos do país, por realizadoras e realizadores diversos, que circulam diretamente por meio de plataformas online, sem a chancela dos festivais ou dos circuitos tradicionais de exibição. São filmes curtos, sem edital, sem crédito, sem certificado da Ancine, sem logo da Netflix, muitas vezes anônimos e sem título,… CONTINUA