Crônicas de um proletariado

A Máquina Infernal se inicia com a palavra “divisa”. Trata-se de uma simples cartela com indicação geográfica: “divisa entre São Bernardo do Campo e Diadema”. O filme, no entanto, ganha sua consistência ao explorar divisas mais instáveis e profundas: entre o orgânico e o maquínico, o material e o imaterial, o presente e o extemporâneo, o corpo do ator e o corpo da testemunha, o vivo e o morto. No interior de uma fábrica aparentemente em ruínas, trabalhadores seguem uma rotina um tanto perdida entre… CONTINUA

O autor é uma ficção? (trecho do livro “O autor no cinema”)

Este texto é parte da reedição recente do livro O autor no cinema, de Jean-Claude Bernardet, que conta com a colaboração de Francis Vogner dos Reis comentando de que forma sobrevivem algumas leituras de Bernardet. A parte aqui publicada corresponde aos itens 5 e 6 no capítulo “O autor é uma ficção?”, entre as páginas 204 e 212 da edição de 2018 pelas Edições Sesc. Nesse capítulo do livro, Francis comenta possibilidades de pensar formas de ser autor no contexto do cinema brasileiro, examinando os… CONTINUA