A cine-ilha

Um bandido vaidoso, que vira as câmeras em direção a si. Um narcisista, um psicopata, um suicida. Quer viver no espelho criado através do cinema – talvez porque seja sua única chance de continuar existindo, ou de pelo menos tornar-se visível. A empreitada implica um gesto mirabolante, radical: tomar de assalto o cinema, sequestrar os olhos da sociedade. Mas esse gesto, no fundo, não se encerra nem no puro narcisismo, nem em um ato de justiça social pelo qual os invisíveis se tornarão visíveis. Trata-se,… CONTINUA