Da necessidade das fricções por Victor Guimarães Um urubu sobrevoa o skyline de São Paulo ao som da música grega reconstruída magistralmente pelo Atrium Musicae de Madrid. A imponência da imagem-emblema e a suntuosidade da trilha sonora indicam as ambições altivas de Orestes. Trata-se de um filme que assume corajosamente uma tarefa imodesta: encontrar diálogos ...read more...
Ideias perigosas por Andrea Ormond Mães e filhas sempre dão pano pra manga, Joan e Christina Crawford que o digam. Mas Que Horas Ela Volta? é obra que nos permite diversas interpretações, criativas e poderosas, de sua história e das questões que propõe. Assim, me parecem não só burrice, mas um desperdício de tempo, todas ...read more...
“Por outro lado, o cinema é uma indústria” por Fábio Andrade Em Julho de 2014, Snowpiercer, de Bong Joon-ho, saiu das notícias de jornais – onde encontrara ressonância antes de chegar às páginas de resenhas, por conta da ebulição cinéfila causada pelas exigências da Weinstein Company, distribuidora do filme, para que o diretor alterasse significativamente ...read more...
O Paraíso Reencontrado por Luiz Soares Júnior “Em geral, aliás, a identidade não passa de uma invenção dos geômetras, e no mundo real também não conhecemos de fato nada além de semelhanças mais ou menos imperfeitas. O cinema nos recorda que trabalhamos continuamente sobre analogias. (…) a analogia, injustamente desmoralizada pelo fantasma racionalista, vista como ...read more...
O mito do horror americano por Francis Vogner dos Reis Se a positividade do gênero Western gerou uma memória coletiva na cultura do século XX, a negatividade do gênero horror se afixou no imaginário assombrado de gerações que cresceram no período pós-1968. Na Mira da Morte (1968), de Peter Bogdanovich, talvez tenha sido o primeiro ...read more...
As cicatrizes do texto por Luiz Soares Junior “Pela escuta, (…) pela sua maternidade, que se constitui em um engendramento do Outro através de si, por seu discernimento lúcido em relação a saber qual filho será o mais apto a receber a bênção paterna ( Isaac e não Ismäel, Jacob e não Esaú), estas matriarcas ...read more...
Linha de montagem autoral por Filipe Furtado Um corpo é encontrado dentro de uma vaca. A natureza violenta do crime é reforçada por sua descoberta absurda. No entorno, porém, a pequena cidade na qual a ação se passa segue quase inalterada. Nos dois primeiros capítulos da minissérie de TV de Bruno Dumont apresentada como longa ...read more...
Vertigem por Raul Arthuso Adeus à Linguagem é um filme de desdobramentos. Assistí-lo é como abrir uma série de caixas dentro de outras caixas, mas, em vez de desvelar camadas, a cada abertura se é jogado novamente para o começo. Logo no início, Godard joga uma cartela de citação significativa: “Tous ceux qui manquent d’imagination ...read more...
A vida nas ruinas por Filipe Furtado Phoenix começa com uma guarita de estrada. O soldado americano, ali para policiar os espólios da guerra, para o carro com as duas sobreviventes judias. Pede para ver o rosto envolto em badanas de Nelly (Nina Hoss), sem pudor ou tato, reage de forma envergonhada diante dele (mantido ...read more...
Suicídio como otimismo ou outra aprendizagem por Juliano Gomes “Imagine um olho não governado por leis de perspectiva criadas por homens, um olho não influenciado por lógica de composição, um olho que não responde ao nome de tudo mas que deve conhecer cada objeto encontrado na vida através da aventura da percepção. Quantas cores há ...read more...
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