por Pablo Gonçalo 1. “Um homem é espancado por quatro homens. Mais tarde, como se o baile tivesse mudado de canção e os bailarinos tivessem mudado de pares, um daqueles quatro homens é espancado por outro grupo. Impossível saber quantos. Assistimos ainda a mais dois espancamentos. Mais tarde, ainda, reconhecemos um rosto, sabemos bem que ...read more...
Primeira vista por Dalila Martins (colaboração especial) É conhecida a anedota dos cercamentos de pastos de ovelha na Inglaterra do século XVII para o fornecimento de matéria-prima às nascentes manufaturas tecelãs: a origem da propriedade privada. Em “Question paysanne en France et Allemagne”, redigida em 1894, Friedrich Engels se pergunta como o Partido Social Democrata ...read more...
Aprendendo a morrer por Fábio Andrade Quando Catherine Breillat anunciou seu plano de fazer uma trilogia adaptada de contos infantis, era perceptível uma interrogação generalizada no meio cinematográfico. De certa forma, a escolha parecia, enfim, o mais efetivo choque de percepção de uma carreira marcada pelo desejo desse choque, começando com a publicação de um ...read more...
Observações sobre uma arqueologia da violência por Juliano Gomes Dirigir-se a um filme como Nada Levarei… em 2013 coloca uma série de problemas “prévios” ao embate com a obra mesma, que dizem respeito a um problema central dela mesma (e também uma questão ontológica), que é sua dinâmica de aparecimento e desaparecimento. A opacidade do ...read more...
Genealogias do fora de campo a partir de Branca de Neve, de João César Monteiro por Luiz Soares Júnior “To pass from a normal nature to him one must cross ‘the deadly space between’”. Herman Melville, “Billy Budd”. “Tudo o que se realiza nos limites de sua espécie deve ultrapassar esta espécie e tornar-se uma ...read more...
Travessia por Pablo Gonçalo O céu cai das pombas. Ecos de uma banda de música Voam da casa dos expostos. Não serás antepassado Porque não tiveste filhos: Sempre serás futuro para os poetas. Ao longe o mar reduzido Balindo inocente. (Murilo Mendes, “Janela do Caos”) Vede, peixes, quão grande bem é estar longe dos homens. ...read more...
Aquarela da carne por Luiz Soares Júnior “Ergue as pálpebras, Iocanaan! Por que não me olhas? (…) E a tua língua, que era como uma serpente vermelha expelindo veneno, não se move mais, Iocanaan, aquela víbora vermelha que cuspia veneno contra mim? (…) Como é que a víbora vermelha já não se move?(…) Iocanaan, eu ...read more...
por Filipe Furtado Os melhores filmes de Walter Hill expressam o conflito moral em um universo que submerge na selvageria, a sobrevivência em um mundo prestes a fugir do controle. É um sentimento atrativo para um cineasta que, ao longo de quatro décadas, vem procurando formas de manter-se viável numa indústria em constante movimento. De ...read more...
por Filipe Furtado Não há no cinema contemporâneo exemplares tão bem acabados de um cinema de imaginação que busque transportar o espectador para seu mundo próprio e em que o seu próprio prazer de fabular tome o centro da imagem como a série de curtas-metragens que Giulio Questi realizou na década passada. Há, neles, pouquíssimos ...read more...
por Luiz Soares Júnior “(…) Há também esta função que o cinema (…), por ser uma arte figurativa, pode desempenhar: a de fazer retornarem figuras, fazê-las retornarem de um passado onde elas representaram para alguém algo de único. Os atores são estas figuras privilegiadas (…); por causa dos atores, o cinema não pode jamais ser ...read more...
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