Do sofrimento por Fábio Andrade Bastam os primeiros minutos de projeção – as primeiras fotografias em fade in; a primeira intervenção da narração auto-reverente; a primeira emulação do preto e branco de Sebastião Salgado pela câmera dos diretores – para motivar um muxoxo de confirmação: O Sal da Terra não é apenas um desastre, mas ...read more...
Fade out por Fábio Andrade Uma afirmação simples, mas silenciosamente reveladora, se dá antes mesmo de o filme começar: Últimas Conversas é o título que Eduardo Coutinho não poderia escolher, e que só faz sentido como comentário posterior a sua morte. É também um título que traz perceptível secura e objetividade descritiva, qualidades que se ...read more...
O subtexto do texto por Fábio Andrade Divertida Mente é um filme pelo qual é fácil torcer. Novo lançamento do último estúdio a honrar o termo em Hollywood (a Pixar), e co-dirigido por Pete Docter, autor de um dos mais belos e abismais filmes dos últimos anos (o primoroso Up!, de 2009), o filme parte ...read more...
O que existe, aparece por Fábio Andrade A esta altura, Ida, de Pawel Pawlikowski, ganha sobrevida em cinemas pelo mundo, após levar o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Surpreender-se com a escolha faria do surpreendido preconceituoso tão vil (ou mais) quanto a (já suficientemente preconceituosa) Academia: por trás da aparente reverência em preto ...read more...
O real aludido por Fábio Andrade “The creek is lying, flat and still. It is water though it’s frozen”. Joanna Newsom “O que é imaginário na tela precisa ter a densidade espacial de algo real”. André Bazin Nos primeiros planos de Two Years at Sea, Jake Williams caminha por um descampado coberto de neve, indo ...read more...
A impressão do trabalho por Fábio Andrade “Consideremos agora o resíduo dos produtos do trabalho. Eles assemelham-se completamente uns aos outros. Todos eles têm uma mesma realidade fantástica, invisível. Metamorfoseados em sublimados idênticos, fracções do mesmo trabalho indistinto, todos estes objetos manifestam apenas uma coisa: que na sua produção foi dispendida uma força de trabalho ...read more...
* Visto no New York Film Festival O preço do desejo por Fábio Andrade Ao apresentar Maps to the Stars, de David Cronenberg, em uma das sessões no New York Film Festival, o roteirista Bruce Wagner fez questão de observar que, diferente do que várias críticas afirmaram, o filme não se trata de uma sátira. ...read more...
A ruína do desencontro por Fábio Andrade La Jalousie começa com um plano tão sintético quanto arrebatador. Do arrebatamento: Clothilde (Rebecca Convenant) tem os olhos lacrimejantes perdidos além da câmera, e a boca trêmula, terrivelmente trêmula, como se ainda abalada por um terremoto emocional que passara segundos antes e que Philippe Garrel opta que permaneça ...read more...
Desaparecimento à distância por Fábio Andrade No primeiro plano de Zanj Revolution, Ibn Batutta (Fethi Ghares) surge feito uma miragem, caminhando em um deserto, até desaparecer em pleno ar, para, em seguida, reaparecer novamente. A imagem de Batutta surgindo e sumindo no deserto, e reaparecendo em lugares imprevistos por qualquer lógica de espaço ou tempo, ...read more...
O exílio da desdramatização por Fábio Andrade Chantier A começa com o enterro de alguém que o filme não distingue ou identifica, sob uma chuva pesada que confina a cerimônia debaixo de guarda-chuvas e capas de plástico. Em seguida, Karim Loualiche volta para sua aldeia natal na Argélia, trazendo apenas uma bolsa de viagem e ...read more...
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