Brumadinho: olhar para o que se apaga

Em meio à tragédia, alguém liga uma câmera. O primeiro quadro aponta para uma nuvem de poeira que cria um horizonte curto e enevoado. Homens uniformizados correm de sua influência. Um ruído de máquina, carro e respiração ofegante. O marrom do minério da terra impregna tudo, como uma matéria fundadora, mas ali se precipita uma catástrofe perscrutável, localizada nos domínios da empresa Vale, em Brumadinho, no ano de 2019. Os gestos organizados pelo operador da câmera serão testemunho, corpo de resistência diante de um crime… CONTINUA