O simbólico está morto, longa vida ao simbólico

1. Sieranevada, de Cristi Puiu, abre com um plano visualmente desequilibrado de um carro parado no meio da rua. Lary (Mimi Brănescu) salta de trás do volante e entra em um prédio, deixando o veículo em ponto morto por um minuto. A câmera não acompanha seu trajeto, abandonada junto ao carro, atrapalhando o tráfego. A duração do plano é estendida além de qualquer eficiência, mantendo o paradigma de realismo observacional da recente onda romena no world cinema, que tem em Puiu um de seus mais… CONTINUA