“Meu amor é assim, bruto e sincero demais”

Poucas coisas podem te preparar para Vermelha. Abrindo o texto assim, pareço falar de uma obra de absoluta novidade, inovação, frescor e ousadia. É isso, mas também não é. O primeiro longa-metragem de Getúlio Ribeiro te instala numa ambiência reconhecível, tanto narrativa quanto esteticamente. Começa com dois homens na faixa dos 70 anos a baterem laje numa casinha simples de bairro. Falam amenidades, discutem quanto mede um alqueire e um hectare e qual a melhor lua para cortar cabelo. Nada parece fora do lugar, e… CONTINUA