Esquizofrenia e figuração

Já sabemos ad nauseum que Psicose (1960) é a obra-matriz de Brian De Palma; a anamorfose, os objetos parciais dos corpos despedaçados pela câmara, as fantasmagorias da Origem: o cadinho infernalmente figurativo que aquele filme canonizou para a modernidade no cinema está dado, e foi rigorosamente estudado pelo cineasta em pelo menos treze filmes. O maneirismo de que De Palma é devedor em alguns filmes é o fruto apodrecido, fatalmente necessário, desta obsessão mórbida em cortejar os Pais, mas perversamente: encarnando-os dentro de si, despojos… CONTINUA