Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 2 – Os filmes “problemáticos”

Segunda parte da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 1 – Binarismos e cisões Parte 3 – Autorias e políticas… CONTINUA

Conversa ao redor de uma nova cinefilia| Parte 1 – Binarismos e cisões

Primeira de quatro partes da conversa da redação da Cinética a partir do texto “Por uma nova cinefilia”, de Girish Shambu. A conversa ocorreu em modo anônimo, via documento compartilhado online, entre 24/03 e 08/04 de 2020. Participaram Calac Nogueira, Fabian Cantieri, Francisco Miguez, Hannah Serrat, Ingá, Julia Noá, Juliano Gomes, Maria Trika, Pablo Gonçalo, Raul Arthuso e Victor Guimarães. A edição do material bruto foi realizada por Calac Nogueira, Ingá, Juliano Gomes e Victor Guimarães. Parte 2 – Os filmes “problemáticos” Parte 3 –… CONTINUA

Mangue fértil

O cavalo é, para Jung, um símbolo para o inconsciente; para as tradições afro-indígenas, ele representa aquele ser passível de incorporação, médium. Cavalo é, assim como o animal-símbolo que evoca, um filme no qual a montagem se realiza a partir do fluxo do inconsciente. Sendo o primeiro longa-metragem finalizado desde a implantação de editais de longas com arranjos regionais, ligado à Ancine,  no estado de Alagoas, Cavalo é um pronunciamento obstinado sobre a busca de compreender as ancestralidades que compõem o microcosmo alagoano em diálogo… CONTINUA

Abismo fugaz

Em um plano abertíssimo uma mulher finca-se, de pé, sobre um banco. Um homem, forte, descamisado, dotado de uma masculinidade proeminente, abraça-a em um gesto similar ao do enamorado Pigmalião, que envolve Galatéia, sua escultura-musa em um enlevo tão romântico que transforma pedra em vida. É nessa atmosfera inebriante, mas austera, que se passa o longa-metragem Natureza Morta, de Clarissa Ramalho. O filme completa, com uma diretora mulher, uma trilogia iniciada por Djalioh (2011) e Paixão e Virtude (2014), ambos de Ricardo Miranda – o… CONTINUA

Sóbrio, soturno, São Paulo

Quadros do Romero Britto, uma imagem da Coca-Cola, a televisão ligada e um jogo de computador. Viviane Machado, mãe de Bruno Risas, diretor e, em certa medida, o narrador do filme, acende um cigarro enquanto joga nessa sala que não poderia ser outra coisa que não um primoroso esboço da classe média paulistana. O longa-metragem se passa no contexto de uma série de infortúnios que envolvem o desemprego do pai (Julius Marcondes), o emprego mal remunerado da irmã (Iza Machado) e o retorno para a… CONTINUA

Da imaginação como potência à produção como resistência

A abertura da 23ª mostra de Tiradentes, cujo tema é “Imaginação como Potência”, se dá em um contexto, para dizer o mínimo, curioso. O festival acontece pouco mais de um ano após a posse do novo presidente da República que, se desde o princípio já se apresentava como uma ameaça ao setor artístico, concretizou o desmantelar de estruturas culturais ao longo de sua ainda breve gestão. O tema é, de alguma maneira, um eufemismo para a elaboração de estratégias de resistência enquanto realizadores do cinema… CONTINUA