por Raul Arthuso Uma das linhas de força pela qual é possível se fazer uma leitura da história do cinema brasileiro é a busca de diretores e pensadores por um gestual tipicamente brasileiro. Espremidos desde sempre entre a leveza prática do cinema americano e a expressividade artística do europeu, os estetas e profissionais brasileiros se ...read more...
por Pedro Henrique Ferreira A Margem (1967), de Ozualdo Candeias, começa com um punhado de imagens épicas. Uma barca flana pelo rio Tietê. Em princípio, há somente a barca e o horizonte em quadro. Uma leve panorâmica para a esquerda mostra um homem à margem do rio. Ele olha diretamente para a câmera e se ...read more...
por Pablo Gonçalo Palíndromos não são apenas jogos de simetria entre letras, símbolos e palavras. São também movimentos genuinamente visuais que habitam os instantes da luz: os raios que vão e vêm, as ondas que tocam, dispersam e refratam o contato com a matéria. Esse enigma reside na origem etimológica dos vocábulos gregos, nos quais ...read more...
A pedagogia do sensível por Filipe Furtado “Um filme, uma película. Isto hoje tem um valor arqueológico. Estará em breve no museu das sensibilidades perdidas.” Aurea em Educação Sentimental Quando Educação Sentimental foi exibido nos festivais de cinema brasileiros do segundo semestre de 2013, chamou a atenção sua exibição ser em 35mm. Num cenário em ...read more...
As entranhas da matéria por Raul Arthuso “A alma nasce da forma do corpo”. Essa frase de Jean-Marie Straub, entre tantas outras recolhidas – e esse termo se mostra bastante apropriado, como veremos a seguir – ao longo de Onde Jaz o teu Sorriso? é fundamental na dinâmica proposta por Pedro Costa com o objeto filmado (a ...read more...
À Palestina por Dalila Martins “O amor tem necessidade de realidade.” Simone Weil Elogio ao Amor (2001) é dividido entre o presente e o passado de um filme a ser feito. Além da cartela explicativa, a defasagem temporal é marcada pela utilização de 35mm p&b para o presente e de vídeo digital colorido sem muita ...read more...
O real aludido por Fábio Andrade “The creek is lying, flat and still. It is water though it’s frozen”. Joanna Newsom “O que é imaginário na tela precisa ter a densidade espacial de algo real”. André Bazin Nos primeiros planos de Two Years at Sea, Jake Williams caminha por um descampado coberto de neve, indo ...read more...
A impressão do trabalho por Fábio Andrade “Consideremos agora o resíduo dos produtos do trabalho. Eles assemelham-se completamente uns aos outros. Todos eles têm uma mesma realidade fantástica, invisível. Metamorfoseados em sublimados idênticos, fracções do mesmo trabalho indistinto, todos estes objetos manifestam apenas uma coisa: que na sua produção foi dispendida uma força de trabalho ...read more...
A matéria do abismo por Juliano Gomes “bru·to (latim brutus, -a, -um, pesado, irracional, estúpido, absurdo) 1. Irracional. 2. Grosseiro, rude. 3. Tosco. 4. Tal qual sai da natureza. 5. Sem descontar a tara (ex.: peso bruto). 6. Que está sujeito ainda a deduções (ex.: salário bruto). = ILÍQUIDO ≠ LÍQUIDO 7. Animal irracional. 8. Homem rude. 9. [Televisão] Conjunto não editado de imagens ou filmagens.” (Verbete da palavra bruto, retirado do dicionário Priberam) O cabeçalho deste texto já coloca uma dificuldade. Aqui na Cinética, temos por hábito identificar o diretor do filme logo acima dos textos. A dificuldade se dá pela característica ...read more...
O gesto de Caliban por Luiz Soares Júnior “O abismo lançou seu grito, a profundeza elevou suas duas mãos”. (Cântico de Habacuc 3:1) “A crueldade é antes de tudo lúcida; consiste em uma espécie de direção rígida, de submissão à necessidade. Não há crueldade sem consciência, sem uma espécie de consciência aplicada. É a consciência ...read more...
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