O silêncio entre dois pensamentos
por Cléber Eduardo e Eduardo Valente

Maio é o mês do aniversário da Cinética. Provavelmente sem saber disso, nossos leitores nos deram o melhor presente que podíamos receber: os números de acesso da revista atingiram a melhor média de sua história, com um crescimento de aproximadamente 80% no número de visitantes da revista em relação a maio de 2007. E se este é sempre um mês especial, pela cobertura de Cannes, o começo de junho indica uma alta taxa de permanência do ritmo de leitores do mês anterior, o que só nos anima mais ainda. Pois como comemoramos esta grande notícia? Com duas das maiores distâncias entre as atualizações da revista!

De fato, as primeiras semanas de junho se assemelharam a um período sabático aqui na Cinética, talvez o primeiro tirado quase coletivamente em dois anos de existência da revista. Mas, se tratou menos de uma pausa programada do que da simples força das circunstâncias. Por um lado, parte da editoria estava envolvida com os preparativos e o efetivo acontecimento da terceira CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, na qual trabalham em funções em torno da curadoria; por outro, o editor Eduardo Valente, ainda sob efeitos do cansaço da cobertura de Cannes, entrou nas últimas semanas de montagem do seu primeiro longa-metragem, No Meu Lugar – quase simultaneamente aliás ao começo da pré-produção do longa de estréia do nosso sub-editor, Felipe Bragança, A ALEGRIA. Isso somado ao simples fato de que o calendário de estréias andou bastante fraco por algumas semanas, levou a um certo marasmo, algo raro na Cinética.

Mas, chega de descanso! A chegada de filmes como Fim dos Tempos e A Questão Humana aos nossos cinemas já começa a movimentar naturalmente a redação em discussões em torno do cinema novamente, ao mesmo tempo em que os festivais recém-vistos continuam repercutindo: é hora de olhar para os muitos frutos desta CineOP, ao mesmo tempo em que o respiro de final de trabalho na montagem permite a nosso editor fechar o seu balanço de Cannes e finalmente dar conta do importante RioFan, que aconteceu há mais de mês, mas ficou engasgado pela correria da riviera francesa. São alguns dos momentos que nos estimulam num contato intenso com o cinema de novo, que renova o desejo de usar as páginas virtuais da revista para trocar com o leitor as pulsões que surgem daquilo que mais nos move. E estaremos contando sempre que vocês estejam por aí.

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