cartas
dos leitores BBB no coração
Querido Eduardo, Se
eu tivesse que escrever algo não seria tão lindamente recheado de citações elegantes
e pertinentes, que dão ao seu texto algo além do sabor-de-fã:
dão consistência e fundamentação. Eu, cá do alto do meu fanatismo laico, apesar
de me reconfortar com suas observações e torná-las minhas referências, só consigo
pensar no que mais me seduz, que é a pequenez da vida humana. Deus e o Diabo moram
nos detalhes. Só a franca observação deles, os detalhes, a tolerância ao enfadonho
e a impavidez perante o fardo do que é pouco, estreito, mesquinho é que pode eventualmente
te trazer a grandiosidade. O descortinamento de uma emoção, o broto de impudência,
o valor de um altruísmo. E assim, desse jeito, a Siri de
Porta vira uma Princesa e a Flávia de Frívola vira uma Forte. Forte como o Nordestino
de Euclides da Cunha. Eu sou muito mais público comum do
que você, eu choro, sofro, digo que não vou ver mais, preciso que os amigos me
liguem e me insuflem, que me avisem que as torcidas do Siri e do Alemão vão de
camisetas iguais pra que eu fique mais tranqüila e passe a acreditar que o Alemão
não vai ficar com a Fani e assim partir o meu coração. E por isso, por tudo isso,
muito obrigada por escrever coisas como essas, que me confortam um pouco quando
me explicam porque meus sentimentos bbbísticos vivem em ebulição. Beijo
grande. Pára com isso, garoto! Patricia
Bárbara
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